Levantei tarde e abandonei meu cafe do hotel p/ poder pegar o onibus das 10. Parecia estar fugindo da cidade...rs. Meu negócio era tentar aproveitar o maximo os dias restantes que me faltavam, depois da crise de depressao que senti quando minhas amigas me abandonaram em Quebec, e depois de uma decepcao com Sherbrooke, achei ter sofrido desnecessariamente por dias demais. Era hora de retomar o alto astral daquela viagem. resolvi antecipar meus planos a Mont Tremblant. Tentaria a sorte de ter uma cama vaga p/ mim no albergue de lá, mesmo sem reserva.
Eu e minhas toneladas de malas fomos a passos curtos, sempre com as famosas paradinhas para retomar o folego, e em alguns minutos cheguei na rodiviaria no quarteirao de tras... todo suado, meio ofegante e com as maos todas vermelhas.
Alguns minutos depois o onibus chegou e la fomos em direçao a Montreal. Por acaso o onibus ainda deu uma breve passada em Magog. Que sorte a minha! Eu que queria tanto conhecer essa cidade tive o prazer de passar por dentro dela, e o disprazer de conhecer o seu asfalto esburacado. O onibus nao parava de balançar! Parecia com as piores ruas remendadas de Sampa ou Campinas... se nao pior! Mas a cidade é aquilo q comentei no post anterior, cidade de veraneio. Muitas casa bonitinhas, e uma regiao muito bonita tb. Ja o Mont Orford parece ser uma otima estacao de esqui, mas isso nao deu para notar muito bem. Ainda volto lá.
Mas q dia! Parei em Montreal e em vez de deixar para trocar meus Travellers Cheques em Mont Tremblant resolvi aproveitar p/ fazer isso em MTL.
Primeira parada, armarios! Sim... Peguei 2 “lockers” e guardei a mochila, a bolsa e os patins,e fui em busca de um banco. Esse foi facil, em vinte minutos acho q ja tinha meus 330 dolares.. Resolvi entao ja que tinha 2 horas e meia sobrando ate o proximo bus, e fui comprar a blusa q faltava dar para a Nika, uma tal q procurei como um louco em Quebec e nao vi rastros dela. Mas, como comprar presentes para ela eh um prazer quase q sexual, comprei algumas coisas alem do planejado inicialmente. Buttons, camiseta, mini-saia... Foi quase uma corrida. Da rodoviaria a vieux Montreal, e encontrar a loja que nao lembrava qual era... isso em 1 hora, entrando e saidno das lojas... Mas encontrei tudo!
voltei p/ a rodoviaria, comi ali perto e ainda assim me restava acho q uma hora e meia. Fui a caça de um lugar para gravar outro DVD. Desprezei a distancia que me separava a rodoviaria da av. Du Parc (av da frente do Mont Royal... longe a bessa!) e acabei andando mais de 40 minutos só de ida. Andei como um tonto, e gastei 10 dolares gravando 3 CDs pelo preço de 2. Um roubo! Faço isso em casa em 5 minutos. Sem contar q a porcaria da maquina da Kodak que grava os CDs deve gravar em 1/2x... era muito lenta! Conclusao, perdi o onibus das 16:30 pois estava muito distante da rodoviaria e voltei assim tranquilamente a pe p/ gastar mais tempo.
As 17:30 peguei meu rumo, e as 20:00 cheguei em Saint Jovite. Essa viagem foi muito bonita. A regiao por onde passa o onibus é relamente de deixar babando. Montanhas nao muito altas,muito verde, casa lindas, e cidades super tranquilas. Lembro de algo como Maurice se nao me engano, proximo a Montreal, muito linda. Diversas outras cidades tb mereciam uma citacao, mas era nome de tantos santos que dá pra confundir qq um.
O ponto final do onibus (sim.. ponto final, pq restaurante nao é rodoviaria p/ mim!!!) descemos só eu e um japa (mais um...quanto japa por aqui!!!). Perguntei p/ o motorista como chegar no albergue e ele indicou pegar um circular no outro lado da avenida que paramos, em frente a um Tim Hortons. Acabei puxando conversa com o japa, afinal poderiamos ter de esperar 1h pelo busão, sob ataque de um vento bem gelado e uma chuva que ameaçava voltar. Para matar o tempo fiquei puxando assunto com ele, mas ele mal falava ingles... Foi um exercicio de muita mimica e uma forte ginastica cerebral p/ nos comunicarmos.
No onibus somente eu e o japa. Era uma viagenzinha boa de onde estavamos ate o albergue. O motorista parou e nos indicou a direcao. Ainda bem que era ladeira abaixo... :)
Ao chegar ao albergue encontro uma recepcionista francesa muito simpatica, a Florence. La ela liberou uma cama p/ mim, fui conhecer o albergue, e procurar o que jantar a aquela hora da noite. Lembrando que o albergue fica numa estradinha, e tudo por perto estava fechado as quase 22:00hs. Nisso notei tb ser o unico albergue que nao possuia os tais lockers que usava de vez em quando p/ guardar meus bens preciosos, assim como nao havia nada p/ comer nele tb. Quem salvou a noite foi a simpatica e lorissima Florance, que tinha umas batatas fritas para vender. Comprei todas as 2 ultimas e me entupi d'agua. Nisso, reconheci um ex-colega de quarto JAPONES de Quebec. O tal japa que tb nao falava bem ingles mas era gente boa. Acabou que naquela situacao acabei saindo puxando assunto com todos q apareciam na frente, bem chato mesmo, mas conheci o italiano Salvatore, o mexicano Miguel, e ficamos nos 4 jogando sinuca. Ate a Florence entrou na brincadeira. Afinal, ficar na recepcao as 23:00hs no meio de um nada deve ser muito trabalhoso. Ela ate jogava bem... mas detonei com eles...hahahahha.
No meu quarto eu achava estar sozinho, mas quando fui dormir encontrei um holandes, o Niels. O cara estava a quase uma semana praticamente sozinho no albergue, sempre esperando que alguem fosse chegar para ter com quem conversar. Ficou super contente de um tagarela se hospedar nos ultimos dias dele por ali. Ele comentou que possivelmente haveria um passeio de bicicleta pela regiao de um pessoal que ele havia conhecido horas antes, e se houvesse bicicleta disponivel me chamou para me juntar a eles. Por mimclaro... mas isso só descobriria na manha seguinte.
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