sábado, 23 de fevereiro de 2008

Sampa Shopping City debaixo d'água.

Enfim, quinta chegamos na casa do David, onde passamos nossos últimos dias de Brasil. Aqui em Sampa nossos compromissos foram comprar para cada um uma segunda-pele (casa de pedra - 115 reais, vendedora Erika) para nossas pernas, e meias de lã, apenas para não chegarmos tão despreparados nessa parte do corpo, pois casacos estamos muito bem servidos, sem contar nas luvas que ganhei do Leo que são para snowboard. Show ... muito show! Presente chegou em ótima hora amigo! Cachecois e gorro que a sogra fez... ou seja, apenas os membros inferiores estavam meio a desejar no quesito preteção, mas agora ja quebra um galho para os primeiros dias.

No primeiro dia de Sampa, já começamos mal. Depois de um almoço com David e Bia, fomos nos aventurar indo ao shopping Morumbi.
Nos passaram o nome de um onibus errado e fomos p/ outra direçao, e p/ piorar demoramos p/ perceber pois o debiloide do cobrador confundiu o Iguatemy com Morumbi. Pode? Erro corrigido, chegamos onde queriamos.
Assim que voltavamos das compras, a pé, do shopping Morumbi até a avenida Senador José Diniz, onde pegariamos um busão até proximo do Shopping Ibirapuera, vimos que o mundo ia desabar, com direito aos meus saudosos raios e algumas trovoadas. Sabiamos que seria uma chuva boa, pois dava para ver o paredão d'água que vinha em nossa direção. Ao chegarmos no ponto de ônibus, depois de uns 20 minutos de caminhada, pegamos o primeiro onibus q ja vinha parando, e voilá... começa a chuva. Começou com aqueles pingos grossos e espaçados... foi aumentando... aumentando... até virar um pé d'água dos bons. Mas nosso ponto chegou, e a chuva só estava começando. Descemos e ficamos alí, a dois quarteirões do ap, e a chuva que só aumentava.

Foram 5 minutos, 10, 15, 20, sei la quanto tempo que a chuva só desabava, e em vez de diminuir,não... aumentava e ventava cada vez mais.
Aquela situação só nos deixava as opções chorar, reclamar, ou relaxar e gozar... afinal estamos na terra da Martha Suplicy. Como prefiro a ultima opção, ficamos alí, dando risada da situação junto com o pessoal q nos cercava.
Passa o tempo, e nada de chuva parar... até que.... de repente, ao sair um ônibus de nossa frente, o ponto todo se surpreendeu com o que viu. Um sonoro "ohhhhh!!!!!" me fez olhar na direção que todos olhavam, exatamente para frente, no meio da rua. Um verdadeiro rio surgiu diante de nós, numa questão de poucos, mas poucos segundos mesmo! O que era uma rua molhada virou muito mais que isso.







Depois de algum tempo, passou um funcionário da CET (compania estadual transito, acho...) avisando: "se subir mais o nível da água, abandonem seus carros!". Por sorte nao subiu consideravelmente.

O transito logo parou pois a avenida foi interditada (notamos isso mais tarde, quando procuravamos como sair dalí), algumas poucas pessoas fugiam do ponto de onibus e se arriscavam atravessando a correnteza. Por sorte, duas sonhoras nao foram arrastadas. Com certeza ja apareceu na TV cenas muito piores que essas, mas nunca imaginei ver isso nessa avenida. Parece que sob nossos pés corre um rio que foi coberto pela construção da avenida. Faz sentido, ainda mais levando em consideração a rapidez que tudo aconteceu.

No momento desse video, a chuva estava quase parando, tanto que algumas pessoas começavam a circular pelas ruas. Poucos minutos depois, quando a chuva terminou por completo, nos despedimos dos que ainda estavam lá sob a cobertura do ponto de ônibus e seguimos procurando uma forma de atravessar aquele riacho. Ao chegar na primeira esquina, notamos que toda aquela água q corria virava a esquerda... indo direto para a transversal da av. Ibirapuera, bem na direção de nosso destino. Entao vimos carros boiando, largados em zigue-zague no meio da rua.





Na foto não dá para ver direito, mas a rua estava tomada por carros nessa situaçao, com agua até o vidro. Fomos contornando os quarteiroes até encontrar ruas mais altas e poder contornar a inundação. Num ponto mais escuro, duas ruas acima da Ibirapuera encontramos o caminho seguro. Mas no meio da rua existia uma multidão, tirando fotos e fazendo circulo sobre alguns carros amontoados, uns sobre os outros. Nesse momento a chuva começou a retornar, e saimos correndo sem conseguir um angulo bom para registrar a tragédia dos outros.

Com certeza será um dia para nos lembrarmos, pela alegria de não termos sido prejudicado de nenhuma forma, num ponto da cidade onde jamais eu imaginaria que pudesse acontecer esse tipo de coisa, num ponto da cidade onde eu constantemente passava na época q morava aqui. Agora a emoção será atravessar nevascas... hauhauhauh....rs

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