Sempre soube terminar os poemas que falam de saudade, de amores finitos, mas nunca começa-los,
pois o início tem gosto de ausência, tem cheiro de perda, tem peso de outrora.
Amores passados, perdidos, partidos, apenas convidam ao silêncio, e a confissão, e a solidão, florescem implacáveis na ponta da língua, como brados, como adagas, e então ao pretender o afago, apenas desenho um lamento profundo, e ao tentar esquecer o inesquecível implanto as lembranças na retina da memória, que dói como se fosse o dia da partida e não a hora das reminiscências.
Mas, sim : aprendi a dizer que nao te esqueço; que o eco dos teus pés que já foram o meu chão, retumba a cada passo que caminho nesta doce amargura canadense, escondida entre loiríssimos cabelos e branquissímas mentiras.
Revejo os instantes e vejo que o tempo, a destempo, ensina a dizer que te amo, que te lembro quando é tarde, quando a noite do tempo deitou-se para sempre entre nós, como água sem barco, como margem sem rio como um dia sem horas.
Difícil começar a dizer da saudade que sofro, da angústia que vivo, da dor que me ataca, da culpa que sinto que não é vã, mas justa:mea culpa, mea máxima culpa.
E os minutos, esses que teimam em ficar horas a lembrar-te; e as horas, que ficam dias teimando em reviver os instantes que nao voltam, apenas desamarram as palavras que impunes e sem medo se escrevem letra a letra lapidando um pedido de socorro, rabiscando um retorno ao passado, esculpindo um desejo de futuro, conquistando uma chance de ventura.
Sim, não nego:quis contruir uma ponte de amor,um dizer de saudade, um grito de esperança, um pedido de clemência.
Nem mais, nem menos, nem muito ou pouco, nem tarde ou nunca: um tudo ou nada.
Sim, um poema de amor manchado de saudade, pintado em cor remoso, é o que tento iniciar e não consigo, pois dizendo que sim, que te amo e não te esqueço, nao começo, mas termino.
E isso faço, começo terminando com um resto de esperança, que é o fim de todos os princípios, e repito, como um disco, que te amo, que te amo, e que deixar-te foi tão duro como te saber distante.
E termino começando, pronunciando o teu nome, o que até agora apenas me atrevia: vivendo de amor, e não morrendo, suando de ternura e não de angústia, gritando de esperança e nao de raiva, é como digo que TE AMO, meu Brasil nunca esquecido.
pois o início tem gosto de ausência, tem cheiro de perda, tem peso de outrora.
Amores passados, perdidos, partidos, apenas convidam ao silêncio, e a confissão, e a solidão, florescem implacáveis na ponta da língua, como brados, como adagas, e então ao pretender o afago, apenas desenho um lamento profundo, e ao tentar esquecer o inesquecível implanto as lembranças na retina da memória, que dói como se fosse o dia da partida e não a hora das reminiscências.
Mas, sim : aprendi a dizer que nao te esqueço; que o eco dos teus pés que já foram o meu chão, retumba a cada passo que caminho nesta doce amargura canadense, escondida entre loiríssimos cabelos e branquissímas mentiras.
Revejo os instantes e vejo que o tempo, a destempo, ensina a dizer que te amo, que te lembro quando é tarde, quando a noite do tempo deitou-se para sempre entre nós, como água sem barco, como margem sem rio como um dia sem horas.
Difícil começar a dizer da saudade que sofro, da angústia que vivo, da dor que me ataca, da culpa que sinto que não é vã, mas justa:mea culpa, mea máxima culpa.
E os minutos, esses que teimam em ficar horas a lembrar-te; e as horas, que ficam dias teimando em reviver os instantes que nao voltam, apenas desamarram as palavras que impunes e sem medo se escrevem letra a letra lapidando um pedido de socorro, rabiscando um retorno ao passado, esculpindo um desejo de futuro, conquistando uma chance de ventura.
Sim, não nego:quis contruir uma ponte de amor,um dizer de saudade, um grito de esperança, um pedido de clemência.
Nem mais, nem menos, nem muito ou pouco, nem tarde ou nunca: um tudo ou nada.
Sim, um poema de amor manchado de saudade, pintado em cor remoso, é o que tento iniciar e não consigo, pois dizendo que sim, que te amo e não te esqueço, nao começo, mas termino.
E isso faço, começo terminando com um resto de esperança, que é o fim de todos os princípios, e repito, como um disco, que te amo, que te amo, e que deixar-te foi tão duro como te saber distante.
E termino começando, pronunciando o teu nome, o que até agora apenas me atrevia: vivendo de amor, e não morrendo, suando de ternura e não de angústia, gritando de esperança e nao de raiva, é como digo que TE AMO, meu Brasil nunca esquecido.
Anna Claudia
(meu primeiro post)
(meu primeiro post)
5 comentários:
wouuuuuuuuuu!!! lindo!!!impresionante!!!
Laura
Puxa ana....
escreva sempre.
ploft.chorei
:)
Ana, Q lindo !
Abriu com chave de ouro!
Bjs!
Comecei a ler numa boa, na metade estava chorando e ao final estavamos eu e a Ana Flávia já com soluço. Lindo, lindo lind, sem exagero, parabéns mesmo.
Menina... arrasou heim!! Não conhecia esse teu lado poético.
Bjos
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