sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Voltando p/ casa - 30 / set / 2006

O ultimo dia chegou, enfim e que pena ao mesmo tempo. Enfim pois nao ter o seu canto, os seus amigos tem hora q cansa, e que pena pq adorei demais o país.

Levantei cedo p/ fazer o que tinha em mente antes da hora do check-out.

1-fiz a barba

2-farmacia

3-comprar maple syrop

4-check-out

O detalhe foi quando estava a caça desse mel estranho (maple syrop) entrei numa galeria de arte dos povos do norte pensando que era loja de suvenirs (rs), e p/ nao pegar feio fiquei la olhando tudo. Mas o mais chato foi ficar la carregando uma sacola de remedios no meio de uma galeria, e a responsavel me explicando cada peça que possuiam .... constrangedor e interessante.

Fiz o check-out e fiquei na recepçao enrolando, arrumando minhas coisas e criando coragem p/ seguir p/ o metro. Nisso apareceu a ultima personagem da viagem, a alema Freuka. Meio timida mas bem simpatica atras daqueles olhos azuis e cabelos loiros ondulados.

Ficamos batendo papo um bom tempo na recepcao, falando sobre o Brasil, pobresa, violencia, a piada que sao os "mendigos canadenses", belezas naturais que valem a pena serem conhecidas na America do SUL, e acoes sociais. Papo cabeça nao ?! Se levar em consideracao q ela só tinha 18 anos ... achei muito legal sim.

Nesse meio tempo ela comentou que existe um onibus fretado que passa nao muito distante dali. Assim resolvi guardar minhas cinco mochilas nos armarios do segundo andar e comer algo fora com aquela vegetariana linda...

O yakisoba eh bem diferente do que estou acostumado a encontrar no BR, o nosso eh melhor sem sombras de duvida, sem contar que o atendimento parecia de uma pastelaria cheia de gente que mal falava a lingua local.

Voltei para o albergue para gastar la as ultimas horas do dia chuvoso, junto da alema. La joguamos damas num tabuleiro gigante, e antes do fim da partida abandonamos o jogo para irmos logo p/ o aeroporto.

Ir ate o ponto foi exatamente o sacrificio que eu sabia q teria de enfrentar e estava a todo custo tentando evitar. Mas seria pior se eu tivesse de pegar o metro e depois onibus ate meu destino final. Saimos do albergue e sob uma leve chuva interminavel me arrastei por uns cinco quarteiroes. Por sorte ao chegarmos perto do ponto o onibus que passava de 20 em 20 min. chegou. Entramos e fiquei radiante de alegria so de saber que aquilo era o fim desse meu martirio de carregar aqueles corpos mortos.

Poucos minutos depois, já dentro do onibus, conversando com a minha amiga do dia de dezoito aninhos o onibus parou em uma de suas 7 ou 9 paradas, entra um, entra dois.... EPA! Esse eu conheço de algum lugar!!!! Alguns milhares de kilometos distante de casa, quem eu vou encontrar inde de volta para o Brasil no mesmo voo que o meu? Um ex colega de trabalho...Leandro, ex-SUN tb voltando do curso de duas semanas de ingles em Toronto. Dai para frente permanecemos juntos colocando alguns anos de conversa em dia, e a alema se separou de nos em um dos tres terminais do aeroporto assim que chegamos lá. O embarque p/ a alemanha era em um terminal diferente do nosso, portanto mais uma amizade que nunca mais terei contato. Isso que é chato em viajar, as amizades sao muito breves .

Na fila ainda conhecemos uma brasileira gente boa que ao re-encontra-la no embarque me cedeu um anti-ansiolitico para tentar me ajudar a dormir na volta....Aquelas poltronas da air Canada me deixaram traumatizado. Ela salvou minha noite de sono. :) Tb na fila de embarque um tal de Leo q me descobriu em Montreal me re-encontrou, desta vez com a noiva. Parece que tinha mais amigos naquele voo que no rio de Janeiro.

A noite foi longa e desconfortavel para dormir, mas algumas das horas passaram desapercebidas entre um cochilo e outro. Santo anti-ansiolitico!

Air Canada de novo? Só com muito sonifero no sangue.... affff....

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